sábado, 16 de maio de 2009

Reflexões na falta do que fazer!!!

Fazer plantão tende a ser uma tarefa extremamente entendiante, a menos que voce trabalhe na emergencia de um hospital em uma cidade razoavelmente grande, ou seja, um plantão em uma clínica psicológica de uma cidade que pode ser considerada pequena, tem um potencial imenso de tédio!
Me encontrando nessa situação noutro dia, me posicionei no local onde se encontrava a pessoa viva mais próxima, a fim de remediar esse tédio todo ao menos um pouco! Infelizmente sou péssimo em manter conversas, salvo acasos estranhos, ou muita intimidade com meus interlocutores, consequentemente, me vi sentando de frente para uma pessoa com a qual não tenho quase que intimidade alguma, o que nos levou ao inevitável, o silencio.
A princípio fui tentado a pensar em alguma coisa para começar uma conversa qualquer, mas queria pensar bem para não começar um assunto que se esgotasse em cinco minutos. Porém, durante esse tempo me toquei da qualidade do silencio em que nos encontrávamos, que não era de modo algum constrangedor como a maioria das vezes em situações como essas, por causa disso escrevi algumas palavras que se seguem:

DO SILENCIO

Creio que poucas coisas há de se apreciar como o silencio. Na ausencia de quase qualquer movimento, perceber a presença, os sons, dos mais finos dentre eles. Ser capaz de sentir a brisa mais leve, o ruído mais distante.
Mas nada há de mais incrível e maravilhoso no silencio, do que quando ele se dá entre duas pessoas...
Sim, pois se entender com palavras é simples e por vezes razo. Mas quando duas pessoas se entendem no silencio, quando entre elas não persiste qualquer constrangimento, qualquer átomo de desconforto.
Então ocorre qualquer coisa da ordem do fenomenal, do magistral, do cósmico, algo de uma profundidade inexprimível, a não ser pelo próprio silencio.

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