sábado, 27 de junho de 2009

O Rei está Nú!

Morto aos 50 anos de idade, mas com uma aparência atemporal, deixando a estranha sensação de que o impossível aconteceu, a morte veio para aquele que parecia eterno. Assim partiu o Rei do Pop, Michael Jackson.
Quanto as complicações de sua vida, das quais não conheço os pormenores pode-se encontrar em qualquer lugar nos próximos dias, principalmente na internet, sobre todas as polêmicas de sua vida também. Sobre sua importância para o mundo da música e suas realizações no mesmo idem, aliás sugiro um link em especial, por não haver qualquer julgamento sobre o resto de sua vida, somente sobre sua trajetória musical, eis o mesmo: http://judao.virgula.uol.com.br/musica/um-adeus-ao-rei-do-pop/.
O parágrafo acima só serviu para que eu pudesse me explicar acerca do porque não falarei exatamente sobre nada disso. Apesar de pretender me usar de tais acontecimentos, da vida deste ícone da cultura pop, para escrever acerca de algo em que pretendo me aprofundar, o mito do herói.
O que quer que eu venha a escrever de agora em diante são minhas impressões sobre a vida deste homem, por mais que parecesse que ele não o era (em diversos sentidos!!!), afinal não conheço em detalhes, nem em intimidade a vida de Michael Jackson e também não domino profundamente os aspectos relacionados ao mito do herói que pretendo mencionar a seguir, logo a cupar alguém, culpem somente a mim!
Michael Joseph Jackson, começou sua carreira precocemente, aos 5 anos de idade no grupo Jackson 5, com quatro de seus irmãos, já há tempos é de conhecimento público os problemas que estas crianças passaram durante sua carreira, soma-se a isso a fama e suas armadilhas. Ao iniciar sua carreira solo como Michael Jackson, este garoto, esta criança, se tornara um fenômeno instantâneo, com uma ascenção meteórica, marcando definitivamente o mundo, não havia mais volta.
Com um sucesso atrás do outro vieram diversas polêmicas, seu "embraquecimento" repentino, as acusações de pedofilia, seus gastos sendo a única coisa que conseguia superar seu faturamento astronômico. O mundo não conseguia deixa-lo em paz, não conseguia não falar do Rei e o mesmo vivia quase que noutro mundo, tal qual um Peter Pan, em sua própria Terra do Nunca (seu rancho, Neverland, cuja tradução literal é Terra do Nunca).
Dono de uma fama e importancia jamais vistas com tanta visibilidade mundial, que com tal exceção só se vira ocorrer com os Beatles, Elvis Presley, dentre outros mitos da cultura pop, não há como imaginar o que seria dar conta de tal situação, ser visto como uma criatura fantástica, capaz de tudo, tão mortal e por isso talvez imortal, tal qual qualquer herói em seu mito. Como sempre nos lembramos de Ben Parker, "Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades". Há que se lembrar também da célebre frase de autor desconhecido: "Elvis não morreu!" Heróis não morrem, não como os mortais!
Michael Jackson possuía sem dúvida todas as características heróicas, uma origem extraordinária (como um garoto de Los Angeles se torna o Rei do Pop!?), capacidades sobrehumanas (como a de criar um sucesso atrás do outro, mas sua principal era sem dúvida dançar como se não houvesse força no mundo que pudesse se opor a ele), um confronto constante com a morte (visível em todos os seus vícios, "erros" e polêmicas) e por fim, ao retornar de sua jornada heróica, trouxe para o mundo mudanças incríveis, talvez até inacreditáveis, principalmente para a música.
Dou agora algumas contribuições para todas as idéias que expus aqui, pessoalmente tenho que dizer: "Para mim Michael Jackson sempre foi branco!".
Cito agora alguns comentários que retirei da matéria de que dispus o link no começo deste post, da forma como se encontram no mesmo:

"márcio m

Muito bem escrito meu caro, acima da média dos textos por aqui.
Faz qualquer um refletir à respeito da importância musical e cultural que ele teve,
de seu talento e maestria em contraponto às características humanas do mito,
com defeitos e erros e, na minha opinião, sua profunda infelicidade… Vida longa ao rei!

26 de junho de 2009 às 10h46"

"karl

O Rei estava nú???
Este é o comentário de um cara que está triste.
Eu tinha cerca de treze anos, voltava da escola e vi em uma vitrine o videoclipe “thriller” nunca me esqueço disso.
O que veio depois foi historia, quem viveu os anos oitenta sabe.
O que eu não sabia apesar de todas as acusações de pedofília, da pretensa mudança de cor
e tudo que cercava Michael Jackson era que o Rei estava nú.
Sua arte insuperável nos cegava, caramba então ele podia mesmo fazer aquilo tudo
e ainda sair de cena nos deixando sem folego, morrer feito qualquer um
e causar um eclipse irreverssível no mundo pop.
ADEUS Mr. MICHAEL JACKSON, E VIDA LONGA AO REI.

26 de junho de 2009 às 16h02"

É o último comentário foi o que inspirou o título deste post, já que concordo, o Rei está nú, como herói que era, de tanto confrontar a morte parecia que nunca perderia para ela, mas como com todos os heróis ela veio, inexorável, de uma forma que jamais seria esperada. Mesmo após o que, fica parecendo que sua morte jamais veio e jamais virá, como com todo herói, sua lenda, seu mito é eterno, o herói é imortal, não como um deus, mas imortal em sua mortalidade.

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